Deixem-me voar livremente

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    Uma eterna garotinha indefesa de 17 anos, que precisa da proteção constante dos pais e dos irmãos mais velhos para ficar de olho nela, para assim, não fazer nada de errado. É assim que meus pais me vêem e algumas pessoas também. E eu sinceramente odeio isso, e muito.
    Sabe antigamente quando mulher era vista como sexo frágil e que se soltasse um pum a sua reputação como dama poderia ser abalada? Pois bem, é quase assim que sou tratada.
    Odeio a superproteção e atenção a mim dedicada. Odeio não ser tratada da mesma forma que meus irmãos são; poder sair por aí sem supervisão, ficar conversando até altas horas com meus amigos, não precisar dar explicações dos meus atos 24 horas, se não limpar a casa não vão me olhar feio ou cobrar.
     Por que não posso ser tratada assim?
    Só porque sou a filha mulher e caçula? Pois bem, não quero mais isso, quero voltar no tempo e nascer homem. Isso tiraria metade dos meus problemas. Sei que teria mais responsabilidades, mas é um preço que estou apta a pagar se tiver mais liberdade.
    É isso que quero gritar aos quatro ventos: quero liberdade. Quero correr o caminho da vida com minhas próprias pernas sem restrições ou proibições. Os pais vivem dizendo que devemos experimentar a vida por nós mesmo, que ao contrário, ninguém mais fará, mas como com tantas restrições e rédeas curtas?
    Entendo uma parte do que os pais pensam, e não quero influenciar ninguém a fugir de casa – isso não é uma coisa legal. Só quero dizer que somos como pássaros engaiolados, vivemos lindos e pomposos dentro dos limites que estipularam para nós, mas que uma hora cansamos de ser simplesmente enfeites e queremos voar com nossas próprias asas. Por isso, não nós impeça, pois ao contrário fugiremos do ninho e nunca mais voltaremos.

                                                                                                                            Thamy

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